domingo, 30 de maio de 2010

Senta do meu lado
Não diz nada
Eu entendo você calado
Cola no meu corpo

Esquece que estamos mortos
Me ensina a pulsar de novo
Pulsar de novo vermelho sangue
Que é cor de morte de amor
Que é cor de amor de morte

Um comentário:

  1. Sentado ao teu lado
    Aquece e me aqueço
    Voltando ao começo
    Do amor malfadado
    Teu sangue quisera
    fazer-me de uso
    Que ora excuso
    Por simples abuso
    Que mal me fizera
    Não pulso-te o sangue
    Não como-lhe a carne
    Teu corpo exangue
    Insiste tocar-me
    Mas vida, obstante,
    Não tenho bastante
    Em mim, pululante,
    É a ideia incessante
    Sempre a borbulhar-me...
    Que sons teus e meus
    Duas bocas tocadas
    Sem instante de adeus
    E ofensas quebradas
    Corações sincrônicos
    Arfares estereofônicos
    E desejos sardônicos,
    Faz-nos almas ligadas.

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